segunda-feira, 24 de maio de 2010


Ao Amor Antigo

O amor antigo vive de si mesmo,

não de cultivo alheio ou de presença.

Nada exige nem pede.

Nada espera,mas do destino vão nega a sentença.

O amor antigo tem raízes fundas,feitas de sofrimento e de beleza.

Por aquelas mergulha no infinito,e por estas suplanta a natureza.

Se em toda parte o tempo desmoronaaquilo que foi grande e deslumbrante,a antigo amor, porém, nunca fenecee a cada dia surge mais amante.

Mais ardente, mas pobre de esperança.Mais triste?

Não. Ele venceu a dor,e resplandece no seu canto obscuro,tanto mais velho quanto mais amor





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